raças
As raças legalmente classificadas como potencialmente perigosas conhecem membros potencialmente amorosos. As melhores limpezas de pele de que fui alvo foram proporcionadas por pitbulls – sim, aqueles que “são maus e atacam”! Um potencialmente perigoso é assim classificado por se considerar que possa causar lesão ou morte de pessoas ou outros animais. Os critérios são as características da raça, o comportamento agressivo, bem como o tamanho/potência da mandíbula. Exemplos? Cão de Fila Brasileiro, Dogue Argentino, Pit Bull Terrier, Rottweiller, Staffordshire Terrier Americano, Staffordshire Bull Terrier e Tosa Inu.
Há muitos cães destas raças à espera de uma oportunidade nos canis e nos albergues. O motivo? O preconceito para com a raça, por exemplo: achar, à partida, que são maus e vão atacar. Ou o desejo de querer ter um cão destas raças e depois não saber lidar com as exigências de treino ou até de exercício físico - Há raças e raças – da mesma forma que há tutores e tutores estes cães são, geralmente, de porte médio/grande, potencialmente enérgicos e por isso precisam de exercício físico regular, para se manterem saudáveis.
Nestes casos, o dono, perdão, o tutor também tem que ter “raça”. Passo a explicar: tem que estar consciente de que há um enquadramento, até legal, destes cães, que exigem cuidados especiais. Uma atenção redobrada. Acreditem que recebem isso tudo de volta, em amor. E lambidelas. O tutor de um Dogue Argentino tem que ser responsável e cumprir com o que está na lei: a saber, passeio de trela e açaime. Tem que ser, sobretudo, responsável pela desmistificação do preconceito perante estas raças. Para isso, tem que educar o seu cão, esse ser sensível de raça potencialmente perigosa, de forma a que a agressividade da qual é potencialmente acusado não se manifeste. Na verdade, isto vale para qualquer cão, seja qual for a raça, o tipo de mandíbula e o porte. Nada como consultar um treinador para nos acompanhar nessa tarefa e dedicar algum tempo à leitura de livros sobre comportamento animal. Aprende-se muito e com isto tornamo-nos tutores... de raça!
O autor não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico.