O mundo das bolhas
Por: Jorge Rosa Santos
Seja qual for o motivo da celebração, gostamos sempre de ter um bom copo de vinho na mão. E quando o erguermos em comunhão, sentimo-nos mais comprometidos em torno de um sentimento comum.
Se o momento é solene ou mais cerimonioso, abrimos um Madeira ou um Porto. Mas, se a festa é pomposa, alegre e glamourosa, preferimos bolhas, sejam elas de um Espumante Português ou um Champagne.
A Passagem de Ano junta todos esses ingredientes, renovamos expectativas num ambiente de exaltação, comemoramos as últimas conquistas e festejamos o que está para vir.
Para este momento a bebida só podia ser uma - Espumante!
A mais famosa e primeira região do mundo a produzir espumantes foi Champagne. Situada no Norte de França, onde o clima é bastante frio, começou a produzir espumantes no final do sec. XVII e em 1927 foi pela primeira vez delimitada a região.
Por cá temos duas regiões especificas para a produção de Espumante, a Bairrada e Távora -Varosa. A primeira é uma região litoral e por isso com menores amplitudes térmicas e a segunda é uma região de altitude de noites muito frias.
Mas afinal como é feito o Espumante?
As uvas têm por norma origem em climas frescos, são colhidas cedo e assim mantêm a acidez natural muito importante para o espumante. São depois suavemente prensadas, para evitar sensações amargas e diminuição de acidez. O sumo resultante dessa prensagem é decantado, até ficar com aparência translucida.
Após esta etapa o mosto está pronto a fermentar, à temperatura de +/-14ºC durante um mês. No final da fermentação temos aquilo a que chamamos de “Base Espumante”, um vinho seco, sem gás, com +/-10% de álcool e acidez muito elevada.
É esta base espumante que é engarrafada, com a adição de um licor de tiragem (mistura de açúcar e leveduras) e vedada com uma carica. A adição deste licor de tiragem dá origem à segunda fermentação, que vai libertar dióxido de carbono. Este gás fica retido dentro da garrafa e origina as tão famosas bolhas do Espumante.
Depois da segunda fermentação e do período de estágio em garrafa, faz-se o Degorgement. Nesta fase retira-se a carica, acerta-se o nível na garrafa e a doçura com o licor de expedição (vinho e açúcar) e veda-se novamente a garrafa, desta feita com uma rolha.
Dependendo do nível de açúcar adicionado, temos várias classificações. Do mais seco para o doce temos:
- Extra Bruto (<6g/L de açúcar)
- Bruto (<12g/L)
- Seco (17 a 32g/L)
- Meio Seco (32 a 50g/L)
- Doce (>50g/L)
Sugestão do Enólogo
A minha sugestão é um Espumante Bruto, um bom compromisso para os gostos mais variados.
O Espumante Selecção de Enófilos Branco Bruto, da Região da Bairrada, é um espumante de cor amarela-pálida com reflexos brilhantes. No nariz apresenta várias camadas, com ténues notas de fruta de caroço, acompanhadas de frutos secos, pastelaria e ligeiro amanteigado. Na boca está com bolha muito elegante, com textura cremosa e ligeiramente frutado. A doçura e o contraponto de acidez, conferem volume e persistência.
Um Espumante de excelentes princípios e distinguido pela DECO Protestes como “Escolha Acertada”.
Um brinde e bom ano a todos!
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