AVES AMIGAS DA VINHA
PENÍNSULA DE SETÚBAL & A FELOSA-COMUM
A REVISORA OFICIAL DE QUINTAS
A Felosa-comum (Phylloscopus collybita) diz no nome quase tudo o que a torna especial, se estivermos atentos ao grego. Phylloscopus deriva de phullon que quer dizer “folha”, e de skopos, que significa “vigia”. Ou seja, a Felosa-comum analisa cada folhinha dos habitats onde vive, como se fosse uma revisora oficial de quintas, vinhas, pomares e hortas à procura do menor dos “bugs”. E não se fica por aqui. Collybita, do grego kollubistés, significa “contador de moedas”, aludindo à melodia do seu canto, que é composto duas notas repetidas de timbre metálico. Dizem os produtores vinícolas que, contas feitas, estas incansáveis aves valem, na manutenção da saúde dos seus cultivos, o seu peso (aproximadamente 8 gramas) em ouro.
CURIOSIDADE
Sobre a ave:
Em alguns países é dado à Felosa-comum um nome onomatopaico por causa do seu tipo de canto. "Common chiffchaff", em inglês, porque o som é descrito como chiff chaff chiff chaff. “Zilpzalp“, em alemão, porque a sua toada se entende como zilp zalp zilp zalp. Já em espanhol, o nome dispensa apresentações e vai direto ao prato principal: “Mosquitero Común”.
Sobre esta região:
Encontramos dois cenários, vinhas que ganharam raízes em solos argilo-calcários, a coberto da Serra da Arrábida, e outro de solos de areia suavemente ondulado, adequados ao cultivo de uvas de magnífica qualidade.
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