Vinhos Brancos e Tintos equilibrados

À procura do equilíbrio no vinho

Por: João Pedro Carvalho

Como em tudo na vida, também no vinho é necessário haver equilíbrio. Um vinho desequilibrado ora tem a madeira demasiado presente ou o álcool domina por completo o aroma.

Tem de haver equilíbrio entre partes como a fruta e a madeira (quando o vinho estagia em barrica), tem de haver um fundamental equilíbrio entre a acidez, responsável pela sensação de frescura de um vinho e o álcool. Tal como a estrutura de um vinho tem de ter capacidade de sustentar tudo isto. Quando tal acontece o resultado é termos um vinho com capacidade de um bom envelhecimento em garrafa.

Não se pense portanto que por um determinado vinho, normalmente recai nos tintos, ter um grau alcoólico mais elevado lhe dá mais garantias… curiosamente esse ponto de equilíbrio que pode ser encontrado em qualquer vinho bem feito, é mais comum em vinho onde a graduação é mais comedida. Com isto o vinho também se torna mais fácil de beber e o prazer que nos dá aumenta.

Vinho Branco – Ponto de Equilíbrio

Enquanto um branco com 15% é quase encarado como algo disparatado, encontramos um ponto de equilíbrio nos dias de hoje a rondar os 12,5%.

Vinho Tinto - Ponto de Equilíbrio

Curiosamente nos tintos a conversa muda e é normal encontrar tintos com 15% ou mais, o que em muitos casos retira ao vinho aromas e tipicidade dando uma falsa sensação de doçura e arredondamento proveniente do excesso de álcool, o resultado é que raramente conseguimos beber um segundo copo. Nos tintos o ponto de equilíbrio facilmente se encontra nuns 13,5% ou até um pouco menos, porque o vinho não perde nem esconde faculdades e à mesa torna-se muito mais agradável.