
Processo de refinação do Açúcar
Por: Lillian Barros
Os malefícios do consumo excessivo de açúcar na nossa saúde a longo prazo estão mais do que documentados.
Sacarose, açúcar invertido, amarelo, mascavado, coco, glicose, frutose, maltose, dextrose, malto dextrina, extrato de malte, amido modificado, melaço, mel ou xaropes… são apenas alguns dos açúcares que encontramos na lista de ingredientes dos produtos alimentares. Mas qual a melhor opção?
Simplificando, o açúcar é um hidrato de carbono simples que pode ter diferentes origens. A forma como é extraído ou processado determina o produto final: a sua cor, textura e sabor.
Existem alguns tipos de açúcar que são, de facto, menos processados que o açúcar branco (refinado), como é o caso do açúcar de coco ou do açúcar mascavado.
O processo de refinação do açúcar além de poder alterar as características físicas do produto final, pode influenciar também o teor em vitaminas e minerais. No entanto, não é viável obter micronutrientes a partir do açúcar, já que seria necessário consumir uma quantidade excessiva.
Assim, mais importante do que qual adoçante escolher é a quantidade adicionada.
Tipos de Adoçantes
- Açúcar branco: O mais conhecido e utilizado dos açúcares. É também conhecido por sacarose e é muito refinado.
- Açúcar de coco: Produzido a partir da seiva do coqueiro, tem uma cor caramelo e sabor a açúcar mascavado. O açúcar de coco é extraído da palma, sendo esta aquecida até que a humidade evapore, retendo muitos dos nutrientes encontrados no coqueiro.
Destacam-se os minerais ferro, zinco, cálcio e potássio, juntamente com alguns ácidos gordos de cadeia curta, como polifenóis e antioxidantes.
- Açúcar mascavado: Trata-se de um açúcar não refinado e é o primeiro a ser extraído da cana de açúcar. Tem uma tonalidade castanha devido ao melaço, uma substância existente na cana de açúcar, e de cristal médio a grande. Tem um ligeiro aroma a rum e a baunilha.
- Açúcar amarelo: Açúcar de cana produzido em Portugal. Tem um aroma agradável, cor dourada e sabor único conferido pelo melaço da cana. É um açúcar com mais humidade que o açúcar branco, mantendo os bolos húmidos durante mais tempo.


Tipos de Adoçantes
- Mel: O mel tem características sensoriais únicas, adquiridas de acordo com a flora característica da região polinizada pelas abelhas.
Adicionalmente, tem um potencial papel terapêutico devido às suas propriedades fitoquímicas, anti-inflamatórias, antimicrobianas e antioxidantes, particularmente por conter duas principais moléculas bioativas - os flavonoides e os polifenóis, que atuam como antioxidantes.
No entanto, os benefícios apenas se verificariam com a ingestão de quantidades muito elevadas, o que acabaria por ter mais malefícios que benefícios.
- Stevia: Extraída das folhas da planta stevia, tem um poder adoçante cerca de 300 vezes superior à sacarose. Tem um sabor caraterístico que não agrada a todos os paladares, mas pode ser uma excelente opção para adoçar sem acrescentar calorias.
- Xilitol: Trata-se de um composto naturalmente presente em várias plantas, incluindo frutas e vegetais. É largamente utilizado como substituto do açúcar em produtos alimentares, em particular nas pastilhas elástica, uma vez que não causa cáries. Para além disso, é menos calórico que o açúcar branco.
Contudo, quando consumido em quantidades excessivas pode ter efeito laxante e provocar flatulência.
- Frutas: Puré de maçã, banana, tâmaras, passas ou alperces, ameixas e figos secos, etc.
Adoçar com fruta é sempre uma opção mais nutritiva, uma vez que o açúcar nela presente está associado à fibra e a compostos com propriedades benéficas.
Devem ser preferidas as frutas frescas e também pode ser utilizado o sumo ou casca da laranja e um pau de canela para intensificar a doçura.
Veja aqui a tabela dos macronutrientes dos vários tipos de adoçantes.
Consumo Moderado
Resumindo, o uso de adoçantes, quer sejam açúcares, geleias, mel ou edulcorantes, não deve ser demonizado, mas sim moderado. Todos são opções viáveis desde que utilizadas apenas esporadicamente e em quantidades reduzidas.
O ideal será sempre desabituar o paladar da necessidade do sabor doce no dia a dia e reservar o consumo de produtos adoçados para ocasiões especiais.

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